Monsanto, a empresa norte-americana que produz herbicida Roundup - recordista de vendas no mundo agrícola e supostamente cancerígeno - está lutando com a Organização Mundial da Saúde (OMS) pela sua reputação e pela possibilidade de não ser responsabilizada pelos danos que seus produtos já causaram.
Alexis Baden-Mayer, chefe política da Associação dos Consumidores Orgânicos, falou com a Sputnik Internacional se manifestando extremamente contra a atividade da Monsanto.
"O glifosato é o ingrediente principal do herbicida Roundup. Milhares de pessoas que trabalhavam com Roundup adoeceram com câncer. Mas esta substância também foi encontrada em quantidades perigosas na comida, em pequenas quantidades ela é capaz de perturbar o funcionamento da digestão e o sistema imunitário", advertiu Baden-Mayer.
De acordo com Baden-Mayer, o grupo de especialistas da OMS já estudou os casos e encontrou a ligação entre doenças e o uso de Roundup, há vários relatórios ainda não publicados que não podem ser usados, mas quando se tornarem públicos, mostrarão novas provas que não são a favor da Monsanto.
"O que aconteceu é horrível. Pessoas estão morrendo por terem sido afetadas pelo Roundup. Mesmo na minha família. Minha avó morreu de câncer e ela usava Roundup no seu jardim de rosas. Muitas pessoas o usam quando trabalham no seu quintal ou jardim", confessou a chefe da associação.
Além de o valor de cada vida ser inestimável, Baden-Mayer espera que a decisão do tribunal sobre indemnizações seja generosa e que a Monsanto seja punida e obrigada a pagar pelo mal que fez.
© SPUTNIK/ ELIZABETH AZAROVA
O que dificulta o processo de obtenção de provas é que as doenças, especialmente o linfoma não-Hodgkin, são difíceis de detectar, pois elas podem aparecer décadas depois.
"O Glifosato é uma molécula-monstro que tem que ser proibida em todo o mundo", afirmou a pesquisadora.
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