domingo, 26 de março de 2017

CUT não negocia com Temer.

CUT não negocia reformas com Temer: Folha confunde leitor

Jornal colocou na internet foto de protesto da CUT junto à matéria que cita negociações entre outras Centrais e o governo na tentativa de iludir leitor Jornal colocou na internet foto de protesto da CUT junto à matéria que cita negociações entre outras Centrais e o governo na tentativa de iludir leitor
DOMINGO, 26/03/2017
O jornal Folha de S. Paulo afirma, em sua principal manchete de capa de sábado (2503): “Por mais verba, centrais podem apoiar Temer em reformas”. O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, reagiu com indignação e afirmou nas redes sociais que o jornal “induz o leitor a erro”. Ele assegurou, enfaticamente: – “A CUT não está negociando com o governo ilegítimo e golpista de Temer a volta de qualquer tipo de imposto em troca do fim da aposentadoria e da CLT”.
O truque da matéria da Folha é que faz parecer ao leitor que ela trata de todas as Centrais Sindicais. Mas isso é falso. Na verdade, a matéria é um exemplo de “jornalismo-panfleto”. Apesar de ser assinada por dois repórteres, um de São Paulo e outro de Brasília, ela identifica uma única fonte: o secretário geral da Força Sindical.
Com base exclusivamente nesse sindicalista, o jornal afirma: “Centrais sindicais ofereceram ao presidente Michel Temer a abertura de negociações para apoiar as reformas da Previdência e trabalhista em troca de ajuda do governo para retomar a cobrança da contribuição assistencial —taxa paga por trabalhadores para financiar a atividade dos Sindicatos”.
Para afirmar essa distorção, o jornal finge não existir a CUT, a maior de todas as Centrais. Por isso a resposta de Vagner Freitas: “A CUT não negocia direitos conquistados com muita mobilização, luta, enfrentamentos com a polícia política dos governantes antidemocráticos por nenhuma negociata feita em gabinetes”.
Além disso, o jornal, negando regras básicas de jornalismo, afirma: “A Força diz ter o apoio da União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) e da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) para as negociações. As quatro entidades representam 37% dos trabalhadores do país”.
Há dois problemas graves nesse trecho: o primeiro é que a Folha diz que UGT, NCST e CSB apoiam a negociata com Temer, mas não ouviu nenhum representante dessas Centrais! O jornal não ouviu o "outro lado" e ignorou até o resto do "mesmo lado".  O segundo problema é que a matéria afirma que a Força Sindical mais as outras três Centrais representariam apenas um terço dos Sindicatos. Como então pode fazer uma manchete como se um dirigente da Força estivesse falando em nome de todas as Centrais? A própria matéria prova que isso é uma grande distorção.
Para terminar, uma confusão grave na divulgação da matéria na internet: a Folha juntou ao texto do jornal impresso uma foto dos protestos de 15/3 em que o grande destaque são as bandeiras da CUT. É óbvio que quem só lê a manchete e vê a foto pensa que a CUT está fazendo acertos espúrios com Temer. Após protestos dos leitores contra essa deturpação, o jornal trocou a foto por uma em que se destacam jalecos e bandeiras da Força Sindical. Neste domingo, e edição virtual da Folha traz uma foto do presidente desse central e deputado federal, Paulinho Pereira (SD-SP).
Por Sergio Alli/CUT
Nota de Vagner Freitas, presidente da CUT, nas redes sociais
Leia a seguir a íntegra da resposta de Vagner Freitas à matéria da Folha.
A CUT não está negociando com o governo ilegítimo e golpista de Temer a volta de qualquer tipo de imposto em troca do fim da aposentadoria e da CLT.
A Folha de S Paulo deste sábado induz o leitor a erro.
Ao afirmar na manchete que "Por volta de contribuição, centrais oferecem oposição menor a reforma", o jornal inclui todas as centrais brasileiras em uma suposta negociação contrária aos interesses da classe trabalhadora.
A leitura da matéria prova a distorção do jornal que, sempre que possível, busca desqualificar a luta da CUT em defesa dos direitos da classe trabalhadora.
A CUT não negocia direitos conquistados com muita mobilização, luta, enfrentamentos com a polícia política dos governantes antidemocráticos por nenhuma negociata feita em gabinetes.
A luta da CUT é em defesa da classe trabalhadora. Colocamos um milhão de pessoas nas ruas contra os desmontes de Temer no último dia 15 e no próximo dia 31 vamos parar o Brasil contra a terceirização, contra o fim da aposentadoria e da CLT”.

A matéria da Folha de S.Paulo
Por volta de contribuição, centrais oferecem oposição menor a reforma
BRUNO BOGHOSSIAN, DE BRASÍLIA / PAULO GAMA, DE SÃO PAULO
25/03/2017 02h00
Centrais sindicais ofereceram ao presidente Michel Temer a abertura de negociações para apoiar as reformas da Previdência e trabalhista em troca de ajuda do governo para retomar a cobrança da contribuição assistencial—taxa paga por trabalhadores para financiar a atividade dos sindicatos.
Dirigentes da Força Sindical, comandada pelo deputado Paulinho da Força (SD-SP), se reuniram na terça (21) com Temer e com o ministro Ronaldo Nogueira (Trabalho) para apresentar a proposta. Os sindicalistas pediram que o presidente edite uma medida provisória ou apoie a aprovação no Congresso de um projeto que regulamente a cobrança da contribuição. Em troca, as centrais aceitariam reduzir suas resistências às propostas de Temer para alterar regras previdenciárias e trabalhistas.
A contribuição assistencial é descontada pelos sindicatos dos trabalhadores da categoria que representam, mesmo dos não filiados. Em fevereiro, o STF proibiu a cobrança da taxa de trabalhadores não sindicalizados. O valor da contribuição é decidido por cada entidade em assembleias e convenções coletivas e usado para financiar as atividades sindicais.
Além dessa taxa, as entidades cobram a contribuição sindical, que é obrigatória e equivale a um dia de trabalho. Centrais, sindicatos, federações e confederações arrecadaram R$ 3,5 bilhões com a contribuição sindical em 2016. Estimam que a taxa assistencial, cobrada à parte, representa até 80% do orçamento de algumas entidades.
A Força diz ter o apoio da União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) e da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) para as negociações. As quatro entidades representam 37% dos trabalhadores do país. "Se não houver a legalização da contribuição, os sindicatos fecham", disse o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves. Temer deve voltar a discutir o assunto com auxiliares nos próximos dias.
O ministro do Trabalho disse ao presidente que o acordo com as centrais seria um passo importante para reduzir manifestações contra as reformas. A Força convocou protestos e paralisações para 28 de abril, mas indicou ao Planalto que está disposta a suspender os atos caso haja acordo. Auxiliares de Temer tratam a aproximação com cautela. Acreditam que o apoio das centrais aos dois projetos é inalcançável e que, ao ajudar na retomada da cobrança da taxa assistencial, o Planalto ajudaria a financiar opositores das reformas.

domingo, 5 de março de 2017

FÉRIAS!

Amanhã volto ao trabalho no Sindicato depois de 30 dias de "férias". Férias? Que nada! Trabalhei e muito!

O custo de vida atual nos transformou em escravos do sistema, se você quiser ter um pouquinho de conforto tem que se virar nos trinta. Sou de família muito humilde, nunca tive um bola, uma bicicleta, nem infância.

Desde cedo, muito cedo ajudava meus pais cuidando do meu irmão mais novo, tratando animais, lavrando com bois, todo o serviço da roça. Fiz o ensino médio já adulto em Santiago, fiquei seis anos no Exercito Brasileiro, lá aprendi muito, lá fui moldado, autocontrole, disciplina.

Minha vida sempre foi muito dura, chequei no Cipó e fui trabalhar de servente de pedreiro, depois na granja e como servidor municipal. Só pude entrar na faculdade com 38 anos. Tenho três filhos pequenos e a esposa ultimamente com o salário parcelado me obrigou a contribuir mais com as despesas da casa.

Quem vive do próprio esforço, com dignidade e honradez, é do trabalho que tira seu sustento e dos seus, em consequência disso tive que fazer uma escolha, trabalhar mais, fora da jornada normal e que compromete as horas de folga e os finais de semana.

Já fazem oito anos que vivo a rotina, Prefeitura, trabalho em finais de semana, o que comprometeu meu tempo com os filhos principalmente e ainda a faculdade e ultimamente o Sindicato.

Confesso, acho que não sou bom em nada, pois  não consigo dar conta de tudo, por isso decidi focar de agora em diante nos meus filhos e na faculdade. Prefeitura vou pedir pra sair logo, logo. Não quero mais, só me faz mal ver as coisas erradas e não poder mudar a realidade.

E aqui estou, domingo, cinco de março, 16:33 escrevendo isso. Nesse último mês folguei apenas na segunda e terça de carnaval. Mas é isso, se correr o bicho pega, se ficar o bicho pega também. Quero dar aos meus filhos a oportunidade que não tive, o conforto que não tive e a atenção que não tive.

Por hoje chega..

Abraços e boa semana

Apresentando minha canditata a vereadora.

  Bom dia comunidade! Hoje venho, oficialmente, me apresentar como candidata a vereadora! A maioria de vocês me conhece pela profissão que e...